sexta-feira, junho 11, 2010

Mundial e Villas-Boas

O futebol está outra vez de volta, agora na África do Sul, com cerca de um mês de jogos apaixonantes entre as melhores selecções do mundo.
Espero que este mundial nos traga um pouco do que é o futebol africano, magia, imprevisibilidade, espontaneidade, grandes fintas e remates potentes, futebol jingão. Pode ser que os ares africanos contagiem as selecções mais pragmáticas como Itália, Alemana, Inglaterra…
Como é apontado por todos a Espanha e o Brasil são os principais favoritos. Pouca sorte para Portugal que os pode apanhar logo nos primeiros jogos. Por isso e pela falta de qualidade de jogo não auguro nada de bom nesta campanha dos nossos “Conquistadores”. Acho que vão de férias mais cedo do que o esperado pelo povo português.
Outras selecções que podem dar muito espectáculo são, o México, Holanda e Uruguai.
As selecções que estão mais em baixo e que não se espera que façam um bom Mundial são, França, Argentina e infelizmente Portugal.
Vamos ver se o fantasma Mourinho e a sua táctica de controle de jogo, com linhas muito recuadas, sem fazer pressão alta e a sair para o contra-ataque à procura de um Milito qualquer, não vai assombrar este Mundial. Pelo menos a Espanha e o Brasil não vão jogar assim… quanto aos outros, só espero que os seus seleccionadores não se acobardem e comecem os jogos com auto-carros em frente à baliza. Uma coisa é o Inter ter de jogar assim contra a super equipa do Barça, outra é numa Mundial os treinadores não pensarem por si próprios e verem que só têm uma hipótese de passar à frente, não há segunda mão para jogar.
Estou muito expectante para ver em prática as vuvuzelas táticas que vão ser postas em prática e como os jogadores conseguem cumprir com os planos traçados no início do jogo.
Muitos jogadores do top mundial lesionaram-se mesmo antes de começar a competição. Algo que dá que pensar. Se calhar os Mundias não devia ser disputados no fim das épocas desportivas, quando os jogadores estão estourados física e mentalmente. É pena porque estes jogadores são por si só garantia de bons espectáculos.


Voltando ao nosso cantinho à beira mar plantado, o FC Porto conduziu a sucessão de Jesualdo Ferreira com grande nível. Soube esperar para anunciar a sua saída e deu o tempo necessário para apresentar o novo treinador.
Pode-se dizer que foi uma jogada de grande risco feita por Pinto da Costa. Com outros treinadores com mais experiência acabou por escolher um perfil de ruptura com um passado recente e com um estilo de jogo pouco atractivo para a maioria dos adeptos. É esperado que agora com Villas-Boas o FC Porto passe a controlar os jogos com posse de bola e pressão alta, dominando os jogos do início ao fim, um estilo de jogo de clube grande. Depois é ter a competência necessária para ser melhor que os adversários. Penso que se forem dadas as condições pedidas por Villas-Boas e não se contratarem jogadores só porque são representados por determinados empresários e se fizerem contratações cirúrgicas, recuperarem os jogadores da casa que estão emprestados e dispensarem uns quantos que só estão a fazer monte, considero que o novo treinador
tem todas as possibilidades de fazer um bom trabalho, já que conhecimento e talento parece que tem.

Henrique Rocha

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