quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Taça da Liga, Eduardo e João Moutinho

A 1ª meia-final da Taça da Liga deu o finalista esperado. O Benfica passeou em Alvalade. Para além da melhor forma exibicional, teve em seu beneficio ter jogado a maior parte do tempo contra 10, em virtude da mal expulsão de João Pereira. Coisa que o Sporting já devia estar habituado e precavido para este jogo é que não iria jogar apenas contra 11 (relembro a final do ano passado para os mais esquecidos). O Benfica é o finalista esperado não só por conta do árbitro, que embora tenha facilitado em muito a vida, foi a diferença de futebol entre as duas equipas que ditou este resultado tão desnivelado. Mais uma vez o Sporting é goleado por um rival, mas desta vez em sua casa e com o seu mais histórico adversário.

Esta jornada passada teve mais uma vez um jogo à segunda-feira, o que para os amantes de jogos de sofá como eu é do melhor. Esta semana só não haverá jogo na quinta-feira, e para a semana há mais uma carrada deles.
Voltando ao jogo Belenenses-Braga. Tenho dois destaques a fazer em particular. O primeiro vai para o guarda-redes do SC Braga, Eduardo, que também é o defensor das Quinas. Fez uma exibição muito boa, mas que não caiu do céu. Já há bastante tempo que vem a assinar exibições de grande nível, isto depois de um começo de época um pouco aos repelões. Num momento particularmente difícil para os lados dos Guerreiros do Minho, com a conveniente suspensão de Vandinho e a natural readaptação da equipa a esta nova realidade, é preciso que os elementos com mais peso do plantel se afirmem para dar a força necessária para que a equipa continue na senda das vitórias. É o que está a acontecer com Eduardo, quando a equipa precisou dele, ele respondeu afirmativamente. Penso até que vai ter de manter o mesmo nível nos próximos jogos, sobe pena de uma quebra de resultados. Até o meio-campo estabilizar completamente com o novo figurino, vão ser precisos jogadores que entendam e transmitam a vontade de vencer do SC Braga. Neste jogo com o Belenenses está também em destaque Filipe Oliveira. Mais um jogador formado no clube e que deu excelente resposta, mesmo numa posição a que não está habituado. Isto só serve para confirmar a minha teoria sobre a importância de Eduardo na equipa.
O segundo destaque vai para uma elemento do jogo que se esperaria que fosse o menos destacado, até é desejo corrente que passe despercebido, sendo isto interpretado como um sinal de bom trabalho. Estou a referir-me ao árbitro da partida, como é óbvio. Mas como é seu timbre, desde que começou a carreira, a única coisa que ele faz é passar despercebido. São tantos os erros grosseiros que comete em todas as partidas, que eu, depois de primeiramente achar que os erros eram intencionais, agora já acho que é muita incompetência. Normalmente este tipo de incompetência no futebol paga-se com o afastamento. Veja-se o caso do jogador que falha constantemente golos de baliza aberta, ou do guarda-redes que sofre “frangos” em jogos seguidos, ou do treinador que não tem resultados imediatos. Com os árbitros isto não acontece, se não este Bruno Paixão já tinha sido afastado há muito. São este tipo de árbitros que dão jeito a quem manda no futebol. Tome-se o caso do árbitro que não viu (será que não) a mão do Henry contra a Irlanda, como exemplo. Está entre os 11 árbitros Europeus para o Mundial, assim como o nosso Benquerença. Palavras para quê, é mais um artista português e está tudo dito.
Com a expulsão de Moisés (por duplo amarelo), e com o que isso acarreta para o jogo em si, é também um acto provocatório para com o SC Braga. Num altura em que os nervos estão à flor da pele. Com várias declarações de diversos dirigentes de clubes a serem cada vez mais incendiárias, lançando um grau de suspeita sobre tudo e sobre todos, nomear um árbitro com a falta de categoria como Bruno Paixão é sem dúvida um acto também de muita incompetência. É curioso que no início do jogo, quando reparei que era este o árbitro que ia apitar, senti que algo se iria passar de anormal e que o prejudicado não iria ser o clube que está entre os melhores em Portugal por causa da secretaria. Ao expressar esse sentimento com as pessoas com quem estava a ver o jogo, apercebi-me que não era o único e que algo de errado se está a passar no futebol português.


João Moutinho é o meu jogador em destaque esta semana. Infelizmente não o destaco pelos melhores motivos. Um capitão de uma equipa de futebol não o é só para falar com o árbitro. Tem que ser alguém com estatuto dentro do clube, um exemplo para os mais novos, alguém que está disposto a “morrer” sempre em campo, seja em que jogo for, tem que ser a voz de comando no relvado, tem que ser alguém em quem os companheiros se apoiam quando as coisas não estão a correr como o esperado. Basicamente, tem que ser um líder. João Moutinho tem sido tudo menos isto. Quando vejo o Sporting jogar há apenas um jogador que não desiste, Liedson. O tal que é acusado por Sá Pinto de desrespeitar os próprios adeptos. De facto João Moutinho não deixa de ser um jogador combativo, que joga em qualquer posição no meio-campo, mas de um capitão espera-se mais. Se mais ninguém “pega” no meio-campo, nem o treinador, teria que ser ele a referência da equipa. A pautar o jogo, a definir quer as transições defensivas quer as ofensivas. Como ele está sempre a mudar de posição num mesmo jogo, torna-se impossível que isso aconteça. Tem que se impor como jogador e como líder. Por ventura tem estagnado na sua progressão como futebolista, faltando “saltar” para um clube de maior dimensão para poder continuar a desenvolver as suas enormes capacidades. Mas enquanto é jogador do Sporting tem que se apresentar melhor do que tem estado. Como só exigimos a quem nos merece confiança é por isso que espero que João Moutinho apareça novamente como a figura do Sporting.


HR

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