segunda-feira, maio 10, 2010

Desigualdade de um Campeão

Finalmente chegou ao fim esta novela de inspiração venezuelana, e como qualquer novela, tinha que acabar em bem.
Felicito o SL Benfica pelo seu 32º título de campeão nacional. Foram de facto os melhores em tudo. No relvado mostraram, na maioria dos jogos, bom futebol, atacante e com uma enorme apetência para o bolo. Tiveram uma pontuação histórica, foram a melhor defesa e tiveram o melhor marcador, coisa que também há muito não sabiam o que era. Foram também os melhores a jogar contra dez adversários, excepção feita quando defrontaram o FC Porto. Nos túneis ao à sua porta também foram os melhores, conseguindo-se manter alheados a toda a violência que se passava à sua frente.
Mérito indiscutível do seu treinador, com uma postura mais próxima dos jogadores do que das suas companheiras, soube por os jogadores nas sua posições de origem e o resultado está à vista de todos.
Já o senhor presidente que apenas é pela segunda vez campeão, não deixou de aparecer a ler o seu discurso da vitória e mais uma vez deixar claro que afinal é ele que manda naquela casa e não são os ex-futebolistas que sabem fazer o Benfica campeão.

Muitos parabéns ao SC Braga pelo melhor campeonato de sempre. Não fosse terem concorrido com o melhor Benfica dos últimos vinte anos e seriam os justos campeões. Claro que é preciso contar com as várias desigualdades entre os dois clubes, ou do SC Braga e os outros três grandes, mas nesta novela desde o seu primeiro episódio já se sabia como iria acabar. Não haveria lugar a um twist final, porque estas novelas são para criar mais ilusão no povo do que serem justas ou imparciais.

Já há muito que não destaco um jogador. Pois bem, a meio da semana passada um jogador que deu muito ao futebol português foi campeão em França. Muitos até justificam a fraca prestação portista com a sua ausência. O facto é que se trata de um dos melhores jogadores na sua posição e que em todas as equipas onde joga, arriscam-se a ganhar coisas importantes. El Comandante continua na sua senda de vitórias pelo velho continente. Fica aqui uma palavra de reconhecimento ao Lucho, quem joga bem, joga em todo o lado, o que não acontece com todos.

Henrique Rocha

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